As Eleições Argentina 2023 estão chegando ao fim, com o segundo turno marcado para o dia 19 de novembro. Os dois candidatos que disputam a presidência são o peronista Sergio Massa, atual ministro da Economia, e o ultraliberal Javier Milei, que se apresenta como uma alternativa ao establishment político. Os dois representam projetos antagônicos para o país, que enfrenta uma grave crise econômica e social, agravada pela pandemia de covid-19.
Vamos resumir o que está em jogo no segundo turno, quem são os candidatos, quais são as suas propostas, como está o cenário político e econômico do país e quais são as expectativas para o resultado final. Além disso, vamos trazer os links das últimas notícias sobre as eleições na Argentina, publicadas pela Folha de S.Paulo.
O segundo turno das eleições na Argentina pode definir o rumo do país para os próximos quatro anos, em um momento de grande instabilidade e incerteza. O resultado pode ter impactos não só na política interna, mas também nas relações exteriores, especialmente com o Brasil, o principal parceiro comercial e estratégico da Argentina na região.
Segundo analistas, a era da política argentina em que a polarização foi marcada por uma disputa entre candidatos ligados aos Kirchner e seus adversários termina com esta eleição. Há um consenso de que o Estado deverá passar por reformas, mas a intensidade e a forma como essas reformas serão feitas vão depender de quem será o presidente eleito.
Sergio Massa defende a continuidade das políticas econômicas e sociais do atual governo, que incluem o controle cambial, o aumento do gasto público, a renegociação da dívida externa, a defesa dos direitos humanos e a integração regional. Ele também propõe medidas para combater a inflação, que deve fechar o ano em 140%, como a redução de impostos, a ampliação do crédito e o incentivo à produção nacional.
Javier Milei defende uma agenda radical de reformas econômicas e institucionais, que incluem a eliminação do controle cambial, a redução drástica do gasto público, o pagamento da dívida externa, a defesa da propriedade privada e a saída da Argentina do Mercosul. Ele também propõe medidas para combater a corrupção, como a revogação da imunidade parlamentar, a limitação dos mandatos e a extinção do Banco Central.
Sergio Massa é o atual ministro da Economia da Argentina e ex-presidente da Câmara dos Deputados. Ele é considerado o candidato governista, apoiado pelo presidente Alberto Fernández e pela vice-presidente Cristina Kirchner, ambos do peronismo, um movimento político e social que tem como referência o ex-presidente Juan Domingo Perón e sua esposa Eva Perón. Massa tem 50 anos, é formado em direito e tem uma longa trajetória política, tendo sido prefeito, deputado e chefe de gabinete de Cristina Kirchner. Ele concorreu à presidência em 2015, mas ficou em terceiro lugar. Em 2019, ele se aliou ao peronismo e foi eleito deputado. Em 2020, ele assumiu o Ministério da Economia, substituindo Martín Guzmán, que renunciou após divergências com Cristina Kirchner.
Javier Milei é um economista e ex-banqueiro que se tornou uma celebridade nas redes sociais por suas críticas contundentes ao governo e ao sistema político argentino. Ele é o líder da coalizão Libertad Avanza, que reúne partidos e movimentos de orientação liberal, libertária e conservadora. Milei tem 50 anos, é formado em economia e tem um doutorado em finanças. Ele trabalhou em bancos e consultorias, além de ser professor universitário e autor de vários livros. Ele se lançou na política em 2020, após participar de protestos contra o governo e o isolamento social. Ele se define como um libertário, um anarcocapitalista e um admirador de Ludwig von Mises, Friedrich Hayek e Ayn Rand.
A Argentina enfrenta uma grave crise política e econômica, agravada pela pandemia de covid-19, que já deixou mais de 120 mil mortos no país. O governo de Alberto Fernández, que assumiu em dezembro de 2019, viu sua popularidade despencar devido à gestão da crise sanitária, à escassez de vacinas, à deterioração das condições de vida da população e às divisões internas no peronismo. O presidente também enfrenta a oposição da coalizão Juntos Pela Mudança, liderada pelo ex-presidente Mauricio Macri, que governou entre 2015 e 2019 e deixou um legado de recessão, inflação, desemprego e endividamento.
A economia argentina está em recessão desde 2018, com uma queda acumulada do PIB de 11,8% entre 2018 e 2020. A inflação está em níveis alarmantes, devendo fechar o ano em 140%, segundo o FMI. O desemprego está em 10,2%, afetando mais de 2 milhões de pessoas. A pobreza atinge 42% da população, equivalente a 19 milhões de pessoas. A dívida externa é de US$ 332 bilhões, equivalente a 97% do PIB. O país também enfrenta uma escassez de dólares, que levou o governo a impor um rígido controle cambial, gerando uma disparidade entre o câmbio oficial e o paralelo.
O segundo turno das eleições na Argentina promete ser uma disputa acirrada e polarizada entre Sergio Massa e Javier Milei, que representam projetos antagônicos para o país. Segundo uma média calculada pelo portal La Política Online considerando diversos levantamentos realizados após o primeiro turno, Milei teria 42,9% e Massa, 42,8% das intenções de voto. Mas o ultraliberal varia de 34,3% a 51,5%, dependendo da sondagem, enquanto o peronista flutua de 38,3% a 47,2%.
Os dois candidatos têm buscado ampliar suas bases de apoio, atraindo os eleitores dos outros concorrentes que ficaram de fora do segundo turno. Massa tem o respaldo de Patricia Bullrich, que declarou seu voto no peronista e pediu aos seus seguidores que façam o mesmo, alegando que Milei representa um perigo para a democracia e a estabilidade do país. Milei, por sua vez, tem o apoio de Juan Schiaretti, que afirmou que o ultraliberal é a única opção para mudar o rumo da Argentina e romper com o ciclo de fracasso do peronismo e do macrismo. Myriam Bregman, que ficou em quinto lugar, não declarou apoio a nenhum dos candidatos, mas disse que não votaria em Massa, por considerá-lo um representante do neoliberalismo e do ajuste fiscal[8][8].
Os dois candidatos também têm intensificado suas campanhas, participando de debates, entrevistas, comícios e manifestações. O último debate entre Massa e Milei ocorreu em 13 de novembro de 2023 e foi marcado por trocas de acusações, provocações e propostas divergentes. Massa criticou Milei por sua postura autoritária, sua falta de experiência política e sua proposta de sair do Mercosul, afirmando que isso prejudicaria as relações comerciais da Argentina com seus principais parceiros, como o Brasil e a China. Milei acusou Massa de ser um marionete de Cristina Kirchner, de usar marqueteiros do PT para fazer campanha negativa e de ser responsável pela crise econômica e social do país.
O resultado do segundo turno será conhecido no dia 19 de novembro de 2023, após o encerramento da votação, que ocorre das 8h às 18h. Os resultados podem ser consultados no mapa interativo da Folha de S.Paulo.
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