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6 passos para organizar uma viagem de compras no exterior

Se você pretende fazer uma viagem de compras no exterior, é importante planejar bem cada gasto e prever outros não planejados, além de organizar e separar muito bem cada ítem que será declarado.

Reunimos aqui alguns passos pra que você não tenha nenhum problema com sua viagem:

1- Planejamento

Parece bobo começar com esse passo, mas não é, já que ele engloba todos os outros passos. Cada detalhe é importante, e pra evitar qualquer problema que possa surgir, é importante planejar tudo muito bem. A impulsividade e o despreparo numa viagem de compras podem ser grandes inimigos.

Tenha certeza que está tudo certo com sua reserva do vôo, do hotel e que você está com dinheiro vivo suficiente para o transporte. Se você for pegar um táxi no aeroporto no seu destino, há várias ferramentas para calcular os valores e trajetos e evitar surpresas. Uma delas é o TaxiFareFinder.com.

2- Checar o orçamento

Money, money, money, must be funny in the rich man’s world. Se sua conta bancária não tem pelo menos 6 dígitos antes da vírgula, lamento informar que é preciso um cuidado extra com o orçamento da viagem. Tenha certeza de que você tem dinheiro para o que pretende comprar além dos impostos que serão pagos no Brasil quando você voltar.

Lembre-se das cotas de isenção de impostos: você tem US$ 500,00 para suas compras no exterior e mais US$ 500,00 para gastar no Free Shop no desembarque aqui no Brasil. Tudo o que passar dos US$ 500,00 trazidos do exterior serão taxados em 50% do valor que ultrapassou. Por exemplo, você está trazendo US$ 600,00 em mercadorias, será cobrado 50% sobre os US$ 100 que ultrapassaram o valor, ou seja US$ 50,00.

Essa cota vale apenas para quem entra no Brasil por via aérea. Para meios terrestres ou fluviais, a cota é de US$ 300,00.

E não esqueça nunca de conferir a taxa cambial!

3- Compare os preços

O que você pretende comprar vale mesmo? Em muitos casos – na grande maioria – a resposta é sim! Digo isso porque se seu destino for os EUA, possivelmente você não precisará se preocupar com isso. Mas em muitos outros países, incluindo os europeus, é importante conferir se vale a pena comprar lá ou aqui, somando todos os gastos da viagem como passagens, hospedagem, transporte e impostos do Brasil. Use a internet para pesquisar no seu destino os preços, converta para reais e some tudo!

Mesmo que você viaje para os EUA, compare os preços em diversas lojas para saber onde vale mais a pena comprar. Assim como aqui, lá as diferenças de uma loja para outra podem ser gritantes! Vale a pena gastar 5 dólares de transporte para economizar 10 em outra loja? Claro que sim. Não esqueça que na volta esses poucos dólares podem fazer uma grande diferença se levar em conta a taxa cambial e os impostos!

4- Prepare-se para comprovar que o que você levou já era seu no Brasil

Isso é muito importante. Antes se fazia uma declaração aqui no Brasil com tudo o que você estava levando para que não houvesse complicação na volta. Bastava um pedaço de papel carimbado por um agente da Receita Federal antes da viagem constando cada ítem que você estava levando para que esses objetos não fossem fiscalizados na volta. Por exemplo, se você fosse levar seu notebook, era preciso declarar ele antes de viajar, incluindo o número de série e pronto, na volta, era só mostrar a declaração e não havia problema.

Agora a coisa mudou. A única forma de comprovar que seus produtos saíram do Brasil é através da nota fiscal. Ou seja, vai viajar com seu notebook? Leve a nota fiscal de onde ele foi comprado no Brasil. O mesmo vale para qualquer outro eletrônico ou produto de maior valor (uma bolsa de marca, por exemplo). Reuna cada nota do que você vai levar, para evitar constrangimentos e problemas.

Se você está levando algum ítem que foi comprado no exterior e já foi declarado anteriormente (incluindo o pagamento de todos os impostos, se houver), leve consigo a documentação que comprove.

5- Separe os ítens que não serão declarados

Então você viajou, comprou tudo o que queria, e está pronto para fazer as malas e voltar! Mesmo sabendo que todos os ítens serão pessoais (a menos que você pretenda revender), alguns não precisam ser declarados à Receita Federal na volta.
– Roupas, calçados e acessórios desde que em quantidade razoável de acordo com sua estadia fora;
– Um relógio de pulso;
– Um telefone celular ou smartphone;
– Uma câmera fotográfica;

6- Confira se a documentação está correta

Antes de embarcar de volta, tenha certeza se não esqueceu nenhuma nota fiscal de nenhum produto. Separe cada nota e comprovante de cartão de crédito em uma pasta. Organize por “roupas”, “eletrônicos” ou o que mais você comprar e prenda com clipes de papel para facilitar. Isso vai facilitar na hora de declarar e mostrar para os agentes da Receita Federal que você está bem intencionado e não está escondendo nada.

Faça a coisa certa e declare! Não vale a pena arriscar. Se algo não for declarado, além dos impostos que você terá que pagar, há também uma multa, apreensão do produto e mais um valor de “hospedagem” do seu ítem apreendido no armazém da Receita Federal.


Este é um artigo colaborativo escrito pelo meu amigo Filipe Schüler. Filipe também é web designer e editor do site Compras Importadas.

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